O governo israelita está a fazer tudo o que pode para responder aos ataques do Hamas. Os civis israelitas estão agora sob ordens de disparar armas. EUA têm ajuda ‘na estrada’ – e incluem porta-aviões
O número de vítimas mortas em dois ataques em Israel continua a aumentar. Este domingo, o último relatório oficial divulgado pelas autoridades dava conta de mais de 1.100 mortes no total.
Em Israel, as autoridades contabilizaram apenas 700 mortos e 2.243 feridos na sequência de dois ataques do Hamas. Tal como prometido, as Forças de Segurança Israelenses (IDF) começarão a retaliação, com bombardeamentos em Gaza que matarão 413 palestinianos e matarão 2.300 pessoas.
Entre as vítimas mortas em Israel, foram identificados cidadãos de diversas nacionalidades: pelo menos dois ucranianos, três norte-americanos e um francês. Além das vítimas falecidas, há também relatos de vários refugiados capturados pelo Hamas durante os ataques. As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão a tentar estabelecer o número exacto de refugiados que foram trazidos para Gaza, estimando que “dezenas” de pessoas foram trazidas à força para Gaza. Não são apenas os israelitas: o governo de Benjamin Netanyahu estima que existam “dezenas” de norte-americanos entre os refugiados, sem especificar um número preciso. Entre as referências também há informações sobre um homem e uma mulher, de nacionalidade mexicana.
Israel emite ‘ordem de emergência’ para armas civis
O Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, emitiu uma “ordem de emergência” à divisão de licenciamento de armas de fogo para tornar mais fácil para o maior número possível de cidadãos israelenses a obtenção de armas.
“Qualquer cidade que cumpra os critérios de posse de armas de fogo, sem antecedentes criminais ou médicos, poderá receber autorização para posse de armas de fogo”, indicou o gabinete do ministro, numa altura em que Israel se encontra em guerra contra o grupo islâmico palestiniano Hamas.
No âmbito deste decreto, serão emitidas autorizações para posse de armas de fogo com bônus na compra de 100 munições, sendo o limite atual de 50.
Biden garante ajuda militar ‘a caminho’
O Presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou o apoio de Washington a Israel e garantiu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que o envio de ajuda adicional às forças de segurança israelitas “está agora a caminho”, prometendo mais “nos próximos dias”.
Por seu lado, o chefe do Pentágono anunciou que os Estados Unidos começariam a entregar munições adicionais a Israel, sublinhando que o exército norte-americano está a reforçar a sua presença militar no Médio Oriente. O primeiro pacote de ajuda militar “começará hoje e chegará nos próximos dias”, disse o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, num comunicado, acrescentando que um porta-aviões estava a caminho do Mediterrâneo.
Segundo duas fontes das autoridades norte-americanas, reportadas anonimamente e citadas pela Associated Press (AP), o Pentágono ordenou ao grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford que navegasse para o Mediterrâneo oriental para estar pronto para ajudar Israel. O USS Gerald R. Ford e os seus quase 5.000 marinheiros e aviões de combate serão acompanhados por cruzadores e torpedeiros numa demonstração de força, demonstrando que está preparado para responder a qualquer contingência.
O porta-aviões baseado em Norfolk, Virgínia, já estava no Mediterrâneo e na semana passada conduziu exercícios navais na Itália, no Mar Jônico. É o porta-aviões mais novo e avançado da América e esta é a sua primeira implantação completa.
Dezenas de portugueses pedem ajuda ao governo português
Atualmente, o governo português recebeu pedidos de ajuda de 40 cidadãos portugueses, turistas ou residentes em Israel, que pretendem sair do país. Este é o último voo da TAP de Telavive para Lisboa, com partida na madrugada de sábado para domingo com 128 portugueses a bordo. A companhia aérea cancelou voos para a capital israelense previstos para este domingo e segunda feira.
Entretanto, tendo a contar com “os esforços exponenciais dos cidadãos de todo o mundo”, tendo o governo português tomado a decisão de enviar um avião da Força Aérea Portuguesa para Israel, enquanto aguarda “a autorização de sobrevoo das autoridades israelitas”. Numa nota de imprensa enviada à redação, o Ministério dos Negócios Estrangeiros promete fornecer novas informações sobre “quando será verificado o avião e quais os procedimentos a seguir por dois portugueses que tentam sair do país”.
O governo indicou quase 100 cidades portuguesas, entre turistas e residentes, que contactarão com urgência o posto consular apenas para confirmar a sua presença no território, ou para solicitar ajuda na identificação de alternativas para sair do país, porque continuam a ser partes interessadas.
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