O designado primeiro-ministro de Portugal, o conservador Luís Montenegro, anunciou a composição do seu governo, com o qual procura rodear-se dos seus políticos de confiança numa legislatura que não será fácil depois de vencer as eleições legislativas de 10 de março pelo mínimo.
O novo executivo, que tomará posse no dia 2 de abril, incluirá 17 ministrosincluindo 7 mulheres e praticamente nenhuma experiência governamental.
O número de carteiras que você terá Montenegro, chefe de Partido Social Democrata (PSD) – que lidera a coligação vencedora nas eleições de 10 de Março, a Aliança Democrática (AD) – é igual ao seu antecessor, o socialista António Costa, a partir de 2022, segundo a agência Efe.
Abaixo estão os ministros que liderarão as principais pastas do novo executivo:
- Paulo Rangel: Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros). Nascido em 1968 e advogado, é atualmente vice-presidente do PSD e antigo vice-presidente do grupo do Partido Popular Europeu. Recentemente, disse numa entrevista à rádio portuguesa Antena 1 que não apoiava qualquer acordo com o partido de extrema-direita Chega (terceira força política), embora fosse a favor do diálogo.
- Joaquim Miranda Sarmento: Ministro de Estado e das Finanças. Nascido em 1978, é economista e líder do grupo PSD no Parlamento português há quase dois anos. Foi conselheiro económico do presidente português Aníbal Cavaco Silva durante o seu segundo mandato (2011-2016) e ministro das Finanças entre os conservadores durante anos.
- Pedro Reis: Ministro da Economia. Aos 56 anos, é economista, antigo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e antigo diretor do Banco Institucional Millennium BCP, entre outros cargos. Militante do PSD, foi um elemento importante no desenvolvimento do programa económico do seu partido para estas eleições.
- Miguel Pinto Luz: Ministro das Infraestruturas e Habitação. Nascido em 1977 e engenheiro, é vice-presidente do PSD e foi secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações durante o XX governo constitucional de Portugal, liderado por Pedro Passo Coelho em 2015 e que durou apenas um mês. Terá de enfrentar, entre outras difíceis tarefas, a venda da companhia aérea TAP e o projeto de expansão do aeroporto de Lisboa.
- Margarida Blasco: Ministro da Administração Interna (equivalente ao Ministério do Interior). Atualmente com 67 anos, foi a primeira mulher a chefiar a Inspeção-Geral da Administração Pública (dedicada ao acompanhamento das forças policiais portuguesas) e a primeira mulher diretora-geral do Serviço Português de Informações de Segurança. Ela é juíza consultiva do Supremo Tribunal Federal.
- Nuno Melo: Ministro da Defesa. Aos 58 anos, é presidente do CDS-PP democrata-cristão – uma das forças que integram a Aliança Democrática –, advogado e eurodeputado com 15 anos de experiência. O objetivo da Aliança Democrática para esta legislatura é aumentar os investimentos na Defesa para se aproximar dos 2% do PIB solicitados pela NATO e tentar inverter a descida do recrutamento nas forças armadas portuguesas, que exigem melhores condições.
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