Augusto Santos Silva envia mensagem à Justiça: cinco meses para esclarecer a investigação sobre António Costa. Quando vemos o Presidente da Assembleia da República não é qualquer tipo de declaração. “Ele é a segunda figura estadual a denegrir a imagem do Ministério Público.” Este é o problema 1. Problema 2: dizer que “convocar eleições é legítimo, mas pode ser perigoso”
A declaração de Augusto Santo Silva, Presidente da Assembleia da República, para solicitar que o Supremo Tribunal de Justiça “esclareça ou deprima tanto quanto possível” a situação criminal de António e considera que “o sistema judicial tem todas as condições para isso informa-nos, no devido tempo, as pessoas perceberão e poderão validar o que aconteceu”, ou digamos, antes das eleições de 10 de Março, podem ser consideradas como “uma tentativa de pressionar a justiça” e “ligaremos em organizações que tenham autonomia, o que é essencial para a democracia”, afirmou o cientista político José Filipe Pinto.
Santos Silva afirmou que “cinco meses é tempo mais que suficiente para a conclusão da investigação”. Mas “o tempo da justiça não é o tempo da política”, afirma este analista ouvido pela CNN Portugal. “O Supremo Tribunal de Justiça não tem medo de ser pressionado para conduzir a investigação com celeridade. Esta é de facto uma situação muito grave e está a ser provocada pelo fracasso do Primeiro-Ministro – e nós também podemos questionar isso porque, em Na minha opinião, segundo ele, o fracasso não é “Este parágrafo não comunicado pela Procuradoria-Geral da República deve ser mais revelador de um governo que se tornou disfuncional, que acumulou erros sucessivos – não justifica que haja pressão sobre o sistema de justiça aja mais rapidamente.”
O constitucionalista Jorge Pereira da Silva também considera que Augusto Santos Silva “foi claramente demasiado longo”. Para o constitucionalismo, esta situação pode ser validada a dois níveis: ao nível da separação de poderes e ao nível do respeito institucional.
“O princípio da separação de poderes significa, constitucionalmente, que os elementos de um dos três poderes – legislativo, executivo e judicial – não os podem exercer no domínio de outro poder. própria esfera.esfera, esses “Isso é inconstitucional. Do ponto de vista, Santos Silva não interfere no Judiciário”, explica o jurista.
Mas não é que se trate de uma questão de respeito institucional, nem que se espere que haja “respeito mútuo entre os elementos dos diferentes poderes, que não devem pronunciar-se sobre decisões tomadas fora das suas expectativas”, disse. Concluiu, portanto, que Augusto Santos Silva “foi claramente demasiado longo”. “Ele não é o presidente da AR no Falar, é o militante do PS”, especifica.
Uma “luta brutal”
“Augusto Santos Silva é o segundo na lista de prioridades do Protocolo Estadual, é o segundo personagem mais importante da logo depois do Presidente da República (PR). Além disso, de acordo com o artigo 132 da Constituição, ele é Augusto Santos Silva que “tem a função de substituir temporariamente o Presidente se necessário. Portanto, quando ele fala sobre qualquer assunto, não podemos separar o cargo que exerce e dizer que está na condição de cidade ou de militante do Partido Socialista”, começa o analista político José Filipe Pinto.
Em Manutenção RTPAugusto Santos Silva considerou que “a decisão do Presidente da República (PR) de convocar eleições é legítima mas pode ser perigosa”, sublinhou José Filipe Pinto. “Não dizemos que é legal, dizemos que é legítimo. A legitimidade inclui a legalidade mas vai além da legalidade, por isso não faz sentido dizer que uma situação legítima pode ser perigosa”, acredita o cientista político.
Além disso, Santos Silva disse que o Ministério Público (MP) “acumula erros, há casos que não dão origem a acusação, outros foram inocentes em primeiro lugar e que, por isso, as partes não devem deixar responder às acusações”. para “seremos arguidos”. “É um ataque ao deputado, que tem estatuto e autonomia próprios”, afirmou José Filipe Pinto. “O deputado é representado perante o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e por outros subprocuradores. Na ausência de dois erros do deputado, Santos Silva apresenta-se em nome do procurador geral. e, por inerência, do STJ.”
“A partir do momento em que critica, desvaloriza a acção do deputado, e ao mesmo tempo levanta o fantasma do carácter perecível da decisão do PR, a segunda figura do Estado está pela causa não só do poder poder judicial mas também político”, concluiu o cientista político da CNN Portugal. “Percebo que as declarações de Santos Silva são perigosas. Há claramente uma crítica e negação da imagem do deputado por parte da segunda figura do Estado, o que afeta toda a justiça”.
José Filipe Pinto considera que a entrevista a Santos Silva foi “essencialmente uma entrevista política”. Dependendo do cargo que ocupa, “tem-se pensado alguma coisa neste ataque às instituições”, concluiu o analista.
Já o constitucionalista Jorge Pereira da Silva afirma que “estamos a assistir a uma luta brutal na comunicação social para marcar a narrativa” e, nessa altura, “duas coisas aconteceram pelo caminho: uma foi a presunção de inocência de dois primeiros colaboradores”. ministro, que foi exonerado pelo próprio António Costa; e outro foi o princípio do respeito institucional, com estas declarações de Augusto Santos Silva”.
“Estudioso devoto da internet. Geek profissional de álcool. Entusiasta de cerveja. Guru da cultura pop. Especialista em TV. Viciado em mídia social irritantemente humilde.”