O primeiro-ministro português, António Costa, teve de demitir-se esta terça-feira, depois de tomar conhecimento de um possível escândalo de corrupção, após uma rusga policial à sua residência oficial, em busca de provas que o impliquem numa investigação judicial em curso. contra ele. A investigação está associada a projetos de hidrogénio verde de grande escala em Sines e a programas de exploração de lítio na região norte do país, acontecimentos obscuros onde o seu nome terá surgido alegadamente como beneficiário de rendimentos ilegais milionários. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa aceitou a demissão e convocou na quarta-feira os partidos políticos representados no Parlamento para a realização de eleições antecipadas. “A dignidade do cargo de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeita de integridade, boa conduta e muito menos com qualquer tipo de ato criminoso”, disse Costa na televisão após apresentar a sua demissão ao Presidente. Não tentarei manter o cargo de Primeiro-Ministro, tenho sido muito claro quanto a isso. “É uma etapa da minha vida que já está encerrada”, acrescentou. Costa, membro do Partido Socialista, era primeiro-ministro de Portugal desde 2015.
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