Portugal mantém-se em alerta máximo num dia em que as temperaturas sobem e a situação dos incêndios começa a estabilizar, embora centenas de militares continuem a combater focos ativos no norte do país.
O incêndio mais preocupante é o de Murça (norte), que começou no domingo, que devastou mais de 10 mil hectares e obrigou a evacuação de um lar de idosos numa zona vizinha nas últimas horas.
Esta quarta-feira, cerca de 35 concelhos do interior do país apresentam perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O governo decidiu estender o estado de alerta, o nível menos grave de resposta a desastres, em vigor desde segunda-feira, e analisar novamente a ameaça de temperaturas e incêndios no final da semana.
“Espera-se que a partir do dia 23 possa haver um aumento das temperaturas”, alertou o ministro da Administração do Interior, José Luís Carneiro.
O ministro esclareceu que cerca de 60% dos incêndios declarados no país este ano foram causados pelo uso indevido de fogo, 4% pelo uso de máquinas e cerca de 13% foram causados.
A polícia portuguesa prendeu mais de 50 pessoas por suposta ligação com os incêndios, quase o dobro do que em 2021.
Os incêndios que atingiram Portugal nas últimas semanas deixaram três pessoas mortas: um piloto que trabalhava em extinção e um casal de idosos que sofreu um acidente com o seu carro quando saíam da sua aldeia para fugir das chamas.
Portugal estava em estado de emergência – um grau acima do alerta – na semana passada, quando os incêndios mais graves eclodiram com temperaturas recordes chegando a 47 graus.
O país está adicionando cerca de 1.200 incêndios desde o início de julho que devastaram cerca de 45.000 hectares.
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