Morant: colaboração científica com Portugal está de “boa saúde”

Este conteúdo foi publicado em 03 de agosto de 2022 – 15:27

Lisboa, 03 ago (EFE).- A ministra espanhola da Ciência e Inovação, Diana Morant, afirmou hoje que a colaboração científica com Portugal “está de boa saúde” e terá “muito mais” com os fundos europeus e a “vocação” dos dois países a investir em setores como o de energia, que proporcionarão soluções “mais limpas e baratas”.

“Em ambos os países, estamos colocando a ciência no centro das decisões políticas. A ciência vai ser o que vai lançar luz sobre qual é o melhor futuro para os nossos países”, explicou Morant durante uma visita ao Laboratório Ibérico Internacional. nanotecnologia. , em Braga (norte de Portugal), com a sua homóloga portuguesa, Elvira Fortunato.

Salientou, em conferência de imprensa, que na última década a produção científica realizada em colaboração por Espanha e Portugal duplicou em relação à década anterior.

Além disso, “esta produção científica é de maior qualidade, dado que 25% desta produção está entre os artigos que mais têm consultado pelo resto da comunidade científica”, acrescentou.

Esta aposta, disse, vai resultar também na cimeira ibérica agendada para outubro em Viana do Castelo (norte de Portugal).

O ministro lembrou que além do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, Espanha e Portugal lançaram um centro de investigação em armazenamento de energia em Cáceres, que conta com um investimento de 74 milhões de euros.

O FUTURO É RENOVÁVEL

“Portugal e Espanha apostam como nenhum outro país da Europa nas energias limpas e renováveis ​​porque sabemos que o futuro é renovável”, o que leva a ser “mais responsável com o planeta e mais inteligente”, já que estas energias são mais baratas, diz Morant .

Lembrou que o armazenamento de energia é “o grande desafio” na aposta nas energias renováveis ​​e sublinhou que Espanha “já produz mais energia do que consome”.

Destacou também a importância do programa aeroespacial luso-espanhol, uma “Constelação Atlântica”, que levará ao lançamento de dezasseis satélites no espaço (oito para cada país) para observação da Terra.

Uma iniciativa que vai contribuir para a prevenção e controlo de emergências climáticas, como os incêndios “que estão a atingir tanto Portugal como Espanha”, disse.

Fortunato sublinhou ainda a aposta de Portugal na promoção da colaboração científica e tecnológica com Espanha e anunciou que os dois países estão a preparar vários memorandos de entendimento.

ATAQUES AO CSIC

O ministro espanhol referiu-se ao ciberataque sofrido pelo Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) em meados de julho e sublinhou que o centro recebe diariamente 260 mil tentativas de ataque e que este caso gerou “uma confusão”, mas não perdas materiais.

“Temos que estar cientes de que o agressor do século 21 vem e vai do espaço”, disse Morant.

Anteriormente, em entrevista ao RAC1, o ministro tinha sublinhado que a abrangência do vírus era limitada – afetou cerca de 7 centros dos 140 que a agência reúne – e não comprometeu a informação relevante. EFE

cch/mer/acm

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Cristiano Cunha

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