“Acorde Portugal”, um grito para proteger os mares | Companhia

Dos Açores às ilhas desertas da Madeira e do Minho ao Algarve. Centenas de pessoas recolheram cordas e redes abandonadas nas praias portuguesas para criar um balão gigante, com mais de 1.000 quilos, e sensibilizar para a situação dos mares.

“É muito importante que as pessoas entendam que não se pode deixar lixo nas praias. E é uma mensagem também para os jovens. Se as pessoas forem mais educadas sobre essa questão, podem resolver o problema”, Jonas e David Bertuli confiaram à Efe dois irmãos de 17 e 15 anos que participaram do processo de construção.

O projeto, idealizado pela associação portuguesa “Oceanos sem plástico”, envolveu associações, municípios e voluntários que trabalharam durante três meses.

O resultado é uma bola gigante, com um comprimento de 17 quilômetros de fios entrelaçados que juntos pesam quase uma tonelada e meia.

A partir de hoje, Dia Mundial dos Oceanos, o balão construído simbolicamente na cidade portuguesa de Mafra está em exposição em frente ao Oceanário de Lisboa.

O objetivo é sensibilizar a sociedade para os resíduos encontrados nas praias de Portugal durante as ações de limpeza, explica à Efe o diretor da associação Oceanos sem plásticos, Tiago Duarte.

“Dava muitos passeios pela praia à beira-mar e comecei a ver cada vez mais lixo. Não queria ser parte do problema mas sim da solução e por isso criámos esta associação para sensibilizar e mudar mentalidades”, acrescenta Duarte.

Aos pés da Torre de Belén, um dos monumentos mais emblemáticos de Lisboa, nas águas do Tejo e a poucos quilómetros do centro da cidade, foram encontradas garrafas de 40 anos, um telefone antigo e até embalagens de margarina dos anos sessenta , lembra o ativista.

Todos os anos cerca de oito milhões de toneladas de plástico acabam no oceano, é uma “emergência ambiental”.

“Estamos falando de um problema de longo prazo, mas não é bem assim. Nossos netos podem ter muita dificuldade com altas temperaturas e cada vez menos água potável. Essa mudança precisa acontecer. produzir agora para que nossos netos tenham futuro” Acrescentar.

“AGORA OU NUNCA”

Lisboa vai acolher no final de junho a segunda Conferência das Nações Unidas para o Oceano, uma boa oportunidade para sensibilizar os cidadãos e, sobretudo, a classe política, explica Duarte.

“O Oceanário de Lisboa recebe milhares de turistas e portugueses, e queremos sensibilizá-los para esta questão da proteção ambiental porque é necessária”, explica.

Pero también es “importante” para las autoridades e organizações de decenas de países de todo el mundo que acudirán a la palestra: “En el fondo, es un defio para que ellos se pongan a la obra y no sea solo un discurso bonito. Necesitamos a acção”.

O presidente do “Oceanos sem plásticos” acredita que a população já iniciou essa mudança, mas os políticos devem “dar um passo adiante e agir de forma definitiva”.

“Acho que os políticos ainda estão fazendo muito pouco. Muitas palestras, muitas palestras e muitas promessas, mas na prática não vemos muita melhora. Na prática precisamos ser mais radicais e realmente mudar as mentalidades.”

“É agora ou nunca”, vala.

Por Brian Bujalance

Cristiano Cunha

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