Comunidades de Mérida, Portuguesa e Trujillo se organizam com a ajuda da FAO para gerenciar riscos agroclimáticos

Mesas comunitárias agroclimáticas
Instalação de Mesas Agroclimáticas Comunitárias no estado de Mérida (Foto: Carlos Guillén / ©FAOVE)

Secas, inundações e tempestades causadas pelas mudanças climáticas pioraram nos últimos 30 anos, aumentando os danos ao setor agrícola em muitos países em desenvolvimento e o risco de crescente insegurança alimentar.

Os efeitos dos desastres relacionados ao clima nos países em desenvolvimento são responsáveis ​​por 25% do impacto econômico negativo, particularmente na agricultura, insegurança alimentar, pesca e silvicultura. Só no caso das secas, mais de 80% dos danos e perdas afetaram o setor agrícola, especialmente pecuária e lavouras.

Mesas comunitárias agroclimáticas

Dada a intensidade crescente e os impactos imprevisíveis das mudanças climáticas, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)CAM), criou as Tabelas Comunitárias de Gestão do Risco de Desastres Agroclimáticos (GRDA).

As Mesas Comunitárias Agroclimáticas são compostas por famílias residentes em comunidades rurais, técnicos de entidades públicas e privadas que desenvolvem atividades no campo agrícola e organizações de apoio à comunidade, que serão protagonistas na gestão de riscos agroclimáticos.

Mesas comunitárias agroclimáticas
Instalação de Mesas Agroclimáticas Comunitárias no Estado de Mérida (Foto: FAO-EFIP)

Essas Mesas Redondas Agroclimáticas Comunitárias visam, entre outras coisas, desenvolver medidas preventivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e buscar proteger os meios de subsistência da população das comunidades agrícolas.

Instalação de Mesas Agroclimáticas Comunitárias no estado de Trujillo (Foto: FAO-EFIP)

As tabelas fazem parte das atividades do projeto: Aumentando a Produção Agrícola e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional com uma Abordagem de Resiliência em Comunidades Rurais Vulneráveis ​​na República Bolivariana da Venezuelaexecutado pela FAO com recursos financeiros da União Européia.

A instalação e operação das Mesas Agroclimáticas Comunitárias está ocorrendo simultaneamente nos estados de Mérida (município de Tovar), Portuguesa (município de Esteller) e Trujillo (município de Carache) e constituem um teste piloto que poderá ser estendido a outros estados e municípios em todo o país. .

As famílias participantes serão beneficiadas com o apoio da FAO, da Fundação Ecologia da Força Psicossocial Integrativa (EFIP) e de instituições locais que promovem o desenvolvimento do alerta precoce.

As atividades das Mesas Comunitárias Agroclimáticas visam:

  • Capacitar seus membros e membros da comunidade na gestão de riscos agroclimáticos.
  • Coletar informações climáticas e produtivas, organizá-las e interpretá-las para gerar ações que evitem ou mitiguem os efeitos das mudanças climáticas.
  • Desenvolver sistemas de alerta precoce (SAT) em nível local, para informar os produtores a tempo de ativar protocolos de ação e tomar medidas de adaptação e mitigação.
  • Promover a agroecologia e a transformação do sistema agroalimentar para proteger o meio ambiente e melhorar a segurança alimentar e nutricional das famílias.
Instalação do MCA no Estado de Portuguesa (Foto: FAO-EFIP)

As Tabelas Comunitárias Agroclimáticas são a chave para as famílias agricultoras se prepararem para a gestão do risco de desastres agroclimáticos e evitar danos e perda de suas colheitas e gado, garantir a sustentabilidade da produção agrícola e proteger a vida e os meios de subsistência.

Com a instalação dessas mesas redondas agroclimáticas comunitárias, a Venezuela caminha para a transformação dos sistemas agroalimentares, para torná-los mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, e assim alcançar um melhor acabamentounha uma dieta melhoruma melhor ambiente e um vida melhornão deixando ninguém para trás.

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Filomena Varela

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